Lendo sobre o texto Ideologia e Arte, um dos raros textos com alguma utilidade, pelo menos pra mim, de filosofia social, conheci pontos importantes sobre o tema. Pontos que gostaria de compartilhar aqui.
O texto trata de uma possível interação entre a racionalidade enquanto ciência, e a sensibilidade enquanto arte. A razão não deve ser alvo de uma certeza absoluta, pois esta nos engana com frequencia, sabemos que hoje apreendemos o mundo não só pela razão, mas também pelo âmbito da sensibilidade. Precisamos sim, das expressões do conhecimento sensível, principalmente o proporcionados pelas artes.
A arte depende da eficiência construtiva dos artistas na utilização dos elementos materiais das linguagens artísticas de que se servem na elaboração de suas obras. Sabemos que a arte é usada na estética como um elemento transcendente, que ajuda o indivíduo, a partir de uma interpretação própria, a se conhecer melhor. Em si, ela contém o elemento antropomórfico, e transfigura a realidade a partir de criações feitas pelo artista.
As diversas linguagens e objetos usados pela arte remetem o sujeito humano, que através dela olha para si mesmo, a descoberta de sua subjetividade. Dentro da razão não há essa dimensão de sujeito único que descobre sua subjetividade, e não contém a universalidade que existe na arte, enquanto capacidade de chegar ao outro.
Resumindo, a arte é sim tão importante quanto a ciência, pois é uma maneira de compreender o mundo. Falo aqui da arte em si, e não de uma arte feita para atender a demanda de comercialização imposta pelo sistema ideológico vigente. A arte como forma de conhecimento de si e do outro, de criação de mundos, de transvalorização, de mistura.