sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Sentidos, Razão, Arte

Lendo sobre o texto Ideologia e Arte, um dos raros textos com alguma utilidade, pelo menos pra mim, de filosofia social, conheci pontos importantes sobre o tema. Pontos que gostaria de compartilhar aqui.
O texto trata de uma possível interação entre a racionalidade enquanto ciência, e a sensibilidade enquanto arte. A razão não deve ser alvo de uma certeza absoluta, pois esta nos engana com frequencia, sabemos que hoje apreendemos o mundo não só pela razão, mas também pelo âmbito da sensibilidade. Precisamos sim, das expressões do conhecimento sensível, principalmente o proporcionados pelas artes.

A arte depende da eficiência construtiva dos artistas na utilização dos elementos materiais das linguagens artísticas de que se servem na elaboração de suas obras. Sabemos que a arte é usada na estética como um elemento transcendente, que ajuda o indivíduo, a partir de uma interpretação própria, a se conhecer melhor. Em si, ela contém o elemento antropomórfico, e transfigura a realidade a partir de criações feitas pelo artista.

As diversas linguagens e objetos usados pela arte remetem o sujeito humano, que através dela olha para si mesmo, a descoberta de sua subjetividade. Dentro da razão não há essa dimensão de sujeito único que descobre sua subjetividade, e não contém a universalidade que existe na arte, enquanto capacidade de chegar ao outro.

Resumindo, a arte é sim tão importante quanto a ciência, pois é uma maneira de compreender o mundo. Falo aqui da arte em si, e não de uma arte feita para atender a demanda de comercialização imposta pelo sistema ideológico vigente. A arte como forma de conhecimento de si e do outro, de criação de mundos, de transvalorização, de mistura.

Tornar o mundo melhor é responsabilidade de todos e de cada um

A onda de violência que vivemos hoje deve-se a incontáveis motivos. Um deles parece-me especialmente preocupante, o desinvestimento cultural na idéia do “próximo”. A palavra próximo é geralmente entendida como todos os seres humanos e não simplesmente aqueles que vivem perto de nós. A idéia que deveríamos cultivar é no mínimo a de nos esforçarmos para promover os aspectos mais nobres dos outros como seres humanos, e esses aspectos mais nobres não devem ser apenas independentes do auto-interesse; devem ser diretamente oposto a ele. Um dos traços mais nobres que reconhecemos nas pessoas é a sua disposição para agir por princípios acima e além de seus desejos pessoais egoístas.
Substituímos a pratica de reflexão ética pela preocupação com os avanços tecnológicos, brindamos o “enterro” das utopias socialistas, reduzimos virtudes pessoais a sucesso midiático. Esquecemos diante dos levianos compromissos convencionais valores de uma vida moral como: ser honesto, ajudar aqueles em necessidade, compromisso com a igualdade humana e a justiça. Fizemos de nossas vidas uma clausura sem virtudes, escolhemos nossos sonhos de acordo com a nossa singularidade interior e nos tornamos prisioneiros de cartões de crédito, drogas (legais e ilegais) entre tantos outros vícios que sustentamos com o desejo de sermos felizes. Em meio a esse contexto mundial, esquecemos até mesmo de conciliar o desenvolvimento econômico e a proteção do meio ambiente, que é algo essencial para nossa existência. No entanto, nos tempos atuais se prima pelo retorno financeiro em detrimento da conservação ambiental.
Enquanto alguns reclamam do espaço dos apartamentos modernos, outros moram em barracos, ameaçados por desabamento e sem menor característica que permita identificar traços do que denominamos de habitação. Essas disparidades sociais deveria nos levar a refletir sobre aonde esquecemos nosso lado humano? Porque nos preocupamos apenas com o nosso bem estar e nos esquecemos que esse bem estar pode ser o mal estar do outro? A idéia do “próximo” ficou perdida em algum lugar, em alguma época e já é mais que necessário resgatarmos certos princípios que deixamos para trás, e passarmos a nos preocuparmos com o bem estar comum e não só com nossa individualidade.
O momento que estamos atravessamos, marcado por antagonismos étnicos, econômicos e socioculturais transforma-se em um desafio para todos os cidadãos que desejam uma sociedade mais justa e igual. Fazem-se necessárias discussões e reflexões para restituir a esperança no “próximo que a lógica da mercadoria devorou em busca de saídas para as grandes questões sociais e humanas. E que essas discussões saiam do campo imaginário para o real e que possamos colocar em prática o que refletimos pois não é suficiente pensarmos nos problemas e possíveis soluções é necessários que façamos verdadeiramente algo que mude a realidade em que estamos inseridos.

Angélica Marques

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Semana da Soneca e Conversa fiada

Esta semana está ocorrendo na UCB a Semana da Filosofia, que tomei a liberdade de denominar pelo título acima, tendo em vista que é uma semana em minha vida bastante desperdiçada e inultíl. Creio que seria até mais interessante sair na rua e pesquisar a relação da Filosofia com as coisas do cotidiano. Estou bastante desanimada com essa semana, tanto que luto todo o momento comigo mesma para não ficar em casa e fazer dela uma semana extra sem aulas e de recesso.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dia Feliz ^^



Esse fim de semana tive a certeza que relações cara a cara são bem melhores que relações virtuais. De frente com outras pessoas somos capazes de criar, conversar, raciocinar, sorrir horrores, cantar, dançar, receber carinhos e conhecer.

Como a Claudinha faz com as árvores fizemos esse fim de semana, nos abraçamos, e trocamos palavras e carinhos (carinhos não maliciosos heim pessoas rsrs). Não deixamos ninguém dormir direito, conhecemos lados das pessoas que não conhecíamos, virmos o que a bebida é capaz de fazer com os outros kkkkk. E fizemos isso tudo ao vivo e a cores.

É sempre bom estar ao lado de quem gostamos, e de pessoas que fazem parte da nossa vida, de morrer de rir juntos, de comer juntos, e mesmo na hora da refeição não parar de falar besteirinhas, de ver pessoas pulando em piscinas imundas kkk, e ter conversas mais que legais.

Gosto do mundo virtual, mas não mais do que a relação que tenho com as pessoas, dos momentos que passo com elas, e dos carinhos e mimos que recebo e que uma máquina não pode substituir.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Momento Tristinho "/

Sinto bastante falta da minha infância, não que ela tenha sido tão boa assim, é que naquele tempo eu não sabia do que os seres humanos eram capazes, de que eu teria um dia que tomar decisões (pois no mundo “adulto” decisões sempre desagradam alguém), que passaria a conhecer a verdade sobre o mundo em que vivo, e sobre pessoas. Claro, nem tudo é ruim nesse mundo “adulto”, você pode sair, dormir a hora que quiser, conhecer, e etc.
Não sei por que estou escrevendo isso, acho que ainda me decepciono com a situação do mundo. Não sei se ser assim é bom. Mas nesse mundo que não conhecia na época em que eu era criança, conheci pessoas legais, com abraços que curam quase tudo, com sorrisos belos e lindos. Choro quando lembro de pessoas assim. Aí vejo que às vezes é bom não ser criança. Mas continuo achando que não entrar no mundo adulto é uma das melhores coisas que eu faço.
Bem, estou aqui sentada em frente a um computador, enquanto as lágrimas descem no meu rosto, não sei o motivo, mas sei que um abraço seria o que de fato me deixaria mais feliz nesse mundo, pois saberia que não estou sozinha no mundo, e que além de mim, da dança, e do conhecimento, tem outro ser humano que partilha das mesmas sensações que eu.
Até porque uma vez me disseram que lágrimas são preciosas e não devem ser desperdiçadas. Claro eu discordo, acho que devem se mostrar sim, pois elas podem regar um lindo sorriso, e faturar um belo abraço!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Atoidades da Madrugada

Porra, não tenho nada para fazer...

Um...

Qual será o valor de uma interrogação? Para os poderosos, é algo que nunca deveria existir, pois faz com que os seus "escravos" nunca atinjam uma poderosa ferramenta, o conhecimento. Para a classe média, que obteve uma rara educação crítica ela pode mudar e transformar sistemas, vidas, talvez até o mundo. Para a classe pobre ela é algo dos ricos, que não se encaixa no seu cotidiano de trabalhar para sobreviver.

Então...

E o valor do Por Que? De novo. Para os poderosos é irritante, pois os fazem pensar em coisas que parecem simples mas não são, e de novo pode causar uma "libertação" ou revolta. Para a classe média, é um instrumento do conhecimento, do saber, que pode transformar a realidade. Para a classe pobre, não interessa, tenho que trabalhar e prover meu sustento, não devo pensar nisso, ou realizar.

Bem...

...
...
...

Cara a Coca é muito boa, assim como a Vodka, a Dança, o Twitter, e a verdadeira Filosofia, o Café, as aulas da Rochelle (pelo menos para mim), o Chocolate, a Heineken, essas coisas deveriam ser obrigatórias na vida. Assim como receber um abraço, sorrir, brincar, mesmo quando se é adulto.

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A chuva é uma coisa tão legal né? Cara olhar ela caindo pela janela, para mim é algo maravilhoso, não tão bom quanto ir para fora e sentir as gotas caírem no seu rosto. Pelo menos enquanto ela não se torna chuva ácida devido a grande poluíção que existe.

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Música boa e amigos de verdade também são coisas muito boas, porém muito raras.
Assim como tudo que é bom, é raro, ou banalizado, ou mal visto.

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O conhecimento também é legal, quando vem acompanhado do querer, do sentir, da liberdade de poder optar e falar o que quiser, em qualquer lugar.

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Enfim, acho que por enquanto acabou meu surto lombrático!

MEDO

Estou com medo. Sim, medo de mim, e da falsa humanidade em que me encontro. Hoje fazendo uma resenha para o meu irmão, percebi o quanto estou ruim. Lendo sobre a descolonização da África e da Ásia vi o quanto esses continentes, que ficaram pobres devido ao colonialismo e ao imperialismo, obtiveram uma falsa liberdade mediante o capitalismo dos EUA e o socialismo da URSS. Lutaram contra a pobreza, que existe visivelmente até hoje em decorrência das lutas e do império europeu, perderam milhares de pessoas. Na Índia houve um banho de sangue, onde crianças morreram abraçadas com suas mães.

Em um primeiro momento, fiquei então, atônita e revoltada, mas depois, assistindo o jogo no conforto de minha casa e de meu sofá, me vi esquecida do assunto.  Isso então me abalou. Como algo tão importante, como a vida humana, que está em declínio mediante a miséria nos países de terceiro mundo, pode ser facilmente esquecida mediante os confortos proporcionados pelo capitalismo? Porque algo tão importante se tornou tão banal? Como nós seres pensantes convivemos com isso a vida toda sem de fato nos questionarmos e nos importarmos com o assunto?

Estou com medo, e não só com medo de mim e da falsa humanidade, e sim com medo do futuro, do que posso vir a ser, do que o mundo em que me encontro pode sofrer, e de quantos semelhantes meus terão que morrer para talvez a situação mudar!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Sem Luz \o

     Bom, hoje a luz aqui onde eu moro acabou, ai eu fui fazer uma coisa que não fazia há um demasiado tempo de minha vida. Peguei minha caneca com Coca-Cola, meu MP4 (que ganhei da Angélica), e fui lá para fora, coloquei uma boa música (Beatles) e fui olhar as estrelas no céu. Olha foi uma coisa muito boa, que me deu momentos de felicidade, ou momentos sem dor como diria Schopenhauer. Recomendo a todos você que façam isso, se libertem um pouco dos orkuts, msn, twitter, blogs, etc, e vão fazer algo mágico como esse. Admirar astros com luz próprias, como as estrelas, nos fazem sentir melhor, ou pelo menos mais em paz, ou angustiado, nunca se sabe, mas é muito bom!

Decadência

     Parece que quanto mais, nós pessoas viventes nesse mundo, evoluímos, mais decaímos. Sim, decaímos, com tecnologia, redes sociais, Google, tudo na mão, literalmente, deixamos de existir, na nossa essência. Antigamente, as pessoas eram mais ignorantes, concordo, mas, a meu ver, também eram mais sensíveis. Para notar isso é só comparar as obras de artes, e inclusive a música.
    

domingo, 3 de outubro de 2010

Pensamento Solto

Estava pensando, porque é tão cansativo pensar? Mas ai vi que também é muito bom. Claro que como tudo na vida tem seus momentos ruins. Será que caberia a Filosofia o pensar só por gostar de pensar? Não, pelo menos na filosofia da qual eu aprendo como curso de graduação não. E eu particularmente acho isso muito errado. Cara o que a gente mais vê hoje mundialmente são os efeitos dos ditos "atos não pensados", porque essas milhares de pessoas que alegam isso não pensam? Creio eu que há algo a mais por trás, não só o sistema que agride os seres humanos, mas algo que ainda não consigo compreender.
Como pessoas que olham uma criança sendo morta ou morrendo de fome não se compadece, ao menos que por alguns instantes, daquela situação?
Sim sou individualista, mas tenho olhos e opinião, e muitas vezes é formada através das situações vividas com os outros, e ainda sou ser humano, não virei máquina para não exercer sentimentos, ou para achar que tudo o que vivo é "normal"!

...

     Bom, não tenho um porque bem elaborado sobre esse Blog. Colocarei aqui, aquilo que no momento, estiver com vontade de escrever. Por exemplo: como tantos políticos ruins se elegem, ou aqueles com palhaçadas são eleitos em primeiro lugar. No momento minha maior indignação tem sido com esse assunto, política.
     Enfim, no momento não farei um post grande, ou com assuntos mais profundos, e mais bem argumentados, enfim, o primeiro post tem que ser curto mesmo =P